O caminhoneiro e a menina veneno


Em algum lugar no tempo e no espaço...


Um caminhoneiro estava dirigindo por uma estrada deserta, levando uma carga pesada no final da tarde de uma sexta-feira, ouvindo a música "Menina Veneno", cantada pela dupla Zezé De Camargo e Luciano, quando surgiu no seu retrovisor uma pessoa com um capacete preto numa moto vermelha bem grande e envenenada. 

Quando a moto ultrapassou seu caminhão, ele viu que era uma mulher, porque seus cabelos longos e ruivos saíam por debaixo do capacete. Ela estava toda vestida de macacão preto de couro, luvas e botas pretas. Passou por ele, montada sensualmente na moto, igual uma amazona em cima do seu cavalo.

O caminhoneiro até sentiu um arrepio, pensou e sorriu:

-Vixe! Essa é uma 'Menina Veneno'! Segura peão! 

Passaram uns cinco minutos e lá vem a motoqueira novamente, agora, do outro lado da estrada; o caminhoneiro até limpou os olhos para ver se não era miragem. Mas, era real, a motoqueira passou pelo seu caminhão acelerando e ele ficou olhando pelo retrovisor assustado. A 'Menina Veneno' freou a moto e fez a volta, seguindo o caminhão. O caminhoneiro já estava suando frio, quando a moto ficou do lado da sua porta e a motoqueira sinalizava com a mão, pedindo pra ele parar no acostamento. Ele pensou:

- O que essa dona quer comigo agora, será que paro ou não paro? Quer saber? Seja o que Deus quiser!

Logo adiante, ele foi parando o caminhão no acostamento e a motoqueira parou na frente. O caminhoneiro saiu do caminhão e foi se aproximando da moto, enquanto ela tirava o capacete. Agora sim, ele parecia estar vendo uma miragem, porque a beleza dela o deixou paralisado. Sorrindo, ela disse:

- Monta aí, vamos dar uma volta comigo...
- A dona está maluca? Eu tenho hora pra entregar essa carga.
- É rápido, prometo que trago você de volta...
- Mas, pra onde vai me levar?
- Ali na frente tem um lugar, topas?
- Isso é pegadinha? Vou me arrepender?
- Não! Isto é real, quero ver se você tem coragem...
- Ué! Sou Macho! Eu vou, não tenho medo.

Ele fechou o caminhão e subiu na garupa da moto, em segundos a motoqueira chegou num portão de madeira automático e entrou num motel de beira de estrada. Parecia que o quarto já estava pronto para o que ela queria: um abajur cor de carne, um lençol azul, uma cadeira diante da cama com uma gravata vermelha pendurada, uma máquina fotográfica em cima da mesa e um vinho tinto gelando num balde de gelo. Ele estava curioso, foi logo perguntando:

- E agora? Já chegamos, o que a Dona quer?
- Quero brincar contigo, tira a camiseta e senta ali na cadeira...
- A Dona é mandona! Tudo bem, vamos ver até onde vai.

Sentado na cadeira diante da cama, ele observava cada gesto da motoqueira. Ela pegou a gravata vermelha e uniu as mãos dele atrás da cadeira e amarrou forte, sussurrando no ouvido:

- Só vai sair daí quando eu mandar, apenas olhe...
- Tô de olho bem aberto, 'Menina Veneno'!

Ela ficou em pé diante dele e foi descendo o zíper da frente do macacão, desnudando seus seios volumosos, enquanto ele estava atento, engolia a saliva que surgia em sua boca. A menina passava seus mamilos nos lábios dele, oferecendo pra ele chupar. Ele já estava com tesão enorme, queria se soltar e agarrar a motoqueira. Mas, queria ver até onde ia aquela provocação. 

Então ela sentou na cama diante dele e foi retirando o macacão, deixando surgir no meio de tudo sua calcinha de estampa de cobra e ele riu, dizendo:

- Eu disse que tinha veneno em você, menina! Olha aí! Que delícia!

Ela deu um sorriso sem vergonha e continuou tirando o macacão; ficou em pé e aproximou a calcinha pra ele cheirar. O tesão dele era tanto que queria levantar da cadeira, mas, ela o impediu com um beijo nos lábios. Lambeu seu peito e foi libertando de dentro da calça o membro dele que queria participar da brincadeira. Ele pulsava prazer e ela chupou tudinho, enquanto o caminhoneiro gemia ofegante.

Mais uma vez, na cama, ela ficou de quatro pra ele e depois foi retirando a calcinha de cobra, masturbando-se e provocando o caminhoneiro machão, amarrado pela gravata vermelha. Pegou a máquina fotográfica e tirou foto dele excitado, deu vinho para ele beber e deixou escorrer um pouco pelo seu ventre pra ele lamber. Ele pedia:

- Desamarre minhas mãos! Safada!
- Ainda não...
- Quero te pegar de jeito! Gostosa!
- Então tente se desamarrar sozinho...

Ele ficou doido, enquanto tentava desesperadamente se desamarrar, ela deitou na cama e friccionava seu 'sino mole' pra ele ver. Levantando com a cadeira nas costas, o caminhoneiro conseguiu se soltar e foi pra cima dela, com todo o tesão que ele estava sentindo, dizendo:

- Agora você vai ver quem manda aqui, 'Menina Veneno'!

Ele a segurou pelas mãos, enquanto beijava seus lábios, chupava seus mamilos até chegar às penugens que decoravam a derme rosada toda molhada. Ele se deliciou com o leite que escorria do íntimo morno dela. Sem resistir mais, penetrou-a até o fim, enquanto ela pedia mais e mais. A pegada do caminhoneiro era forte demais, ele virou a ruiva de bunda pra cima e viu o leite escorrendo da menina, pingava até no lençol, ela estava em êxtase. Então, ele pegou a máquina fotográfica e tirou uma foto para lembrar depois. Quanto mais ele provava do leite com sua língua, mais ele queria pegá-la por trás. Os gemidos se misturavam com as respirações, enquanto ele se sentia inteiro dentro dela. Antes de gozar, ele tirou e jorrou seu gozo nos lábios da 'Menina Veneno', ele estava pulsando de tesão e ela saboreou lambendo tudo. Loucura total! 

***
Pra onde o caminhoneiro estava indo?
Não sei...
Só sei que, agora, ele está no paraíso!


*20/01/15 Lançamento da Antologia Contos Ardentes - Edição Especial 2014 - CBJE - Rio de Janeiro.


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