Sol Negro


A noite amanheceu no horizonte,
minha visão buscou a direção Norte
de onde surgiu uma escada septenária
por onde subiam e desciam seres etéreos
empunhando espadas flamejantes

O Sol tinha doze raios negros
cada raio lembrou a runa 'Sig'
e o canto das pequenas cigarras
ecoou sobre toda a paisagem
num uníssono: SSSSSSSSSSSSS

No solo, a víbora da profundeza
rastejou pela lama em zigue-zague
com um profundo estigma no dorso,
era uma estrela de cinco pontas
ainda ferida, vertia sangue

Da nuvem, um raio riscou o céu.
Do centro do mundo anoitecido
emergiu uma torre abandonada
com uma sigla 'SS' em mosaico
nos vários tons da pedra jade

O espectro da morte se fez Sol,
seus raios eram espadas negras
buscando por cada signo mundano
para arrancar o coração do peito
e lavar de sangue o Santo Sepulcro.

Helen De Rose

*Lançamento em 20/07/14 - CBJE - Rio de Janeiro


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