Gladiador do Cabo de Bojador


Sua mente vem até mim
Nessa visão que me permeia
Sobre a vastidão dos seus sentidos
Agarrado ao timão dos seus raciocínios
Surge um gladiador 
Navegando pelo Cabo de Bojador

Feche seus olhos diante desses abismos
E sinta as correntes marítimas a lhe guiar
Rasgue as sombras desses pergaminhos
Com a espada invisível que habita seu versejar

Afogando na sua alma esses monstros marinhos
No intransponível Cabo de Bojador
Sentindo sua verdade nos redemoinhos
Que alimentam sua força na dor

Gladiador! Gladiador!
O que há de mais valente?
Se, é seu corpo o seu maior desafio?
Que todos os dias da sua vida,
Você deseja transpor?


Helen De Rose

*publicado em março/2009 - CBJE - Rio de Janeiro

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