Relicário da noite


Cultura perdida numa noite, num corte
Escrita em papiros antigos com sangue
(Por vultos de mãos infernais
Embriagados com o sabor do absinto)
Misturando sua androginia com sua geração
Representado por 'ankh' - totem sexual
Ao som do metal negro, adoração
Num ritual pagão para sentir a morte
No mais explícito estilo 'splatter'
Nas sombras das florestas sem sorte
Na escuridão das criptas, frios canais
Diante dos góticos mausoléus
A transformação busca pela destruição
Que traz um arrepio no ouvido do céu
Com uma solene riscação de vidro forte
Enquanto este relicário ouve a saudação:
Estou aqui, neste ser!
Carpe Noctem!

Helen De Rose


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