O pó que sai da minha mão


Um sentimento sem mim
Uma falta de ser assim
Sem pesos e medidas
Sem significado e porquês
Palavras interrompidas 
Sou apenas silêncio
Em meio as minhas dúvidas
Nem sei se vou ou se fico
Sou uma metamorfose ambulante
Uma mutante em sensações 
Uma alienígena hermafrodita
Dos meus recônditos espaços
Das minhas inquietações constantes
Reconhecendo a alma alheia
Com todos os seus subterfúgios
Interesses secretos e dissimulações
Intolerância me invade
Pela desonestidade
Daqueles que se acham espertos
Nem sabem eles
Que por mim são enterrados
Nas profundezas dos patifes
Insanos desalmados
Em pele de cordeiro
Lobos sedentos de poder
Sua sentença já está feita
Pela lei do Universo
Das minhas mãos
Só saem o pó
Das sobras do seu ser


Helen De Rose

*Lançamento em 20/05/16 - CBJE - Rio de Janeiro


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