Nas Mãos do Poeta


Mote: "Os poemas são pássaros que chegam

não se sabem de onde e pousam no livro que lês."
(Mário Quintana)


Nas mãos do poeta nasce o alimento
Semeado nas plantações da alma
Fertilizada no silêncio da sua calma
Em colheitas vivenciadas no discernimento
Conforme a vida vai se diluindo no tempo
Nas palavras deixadas em português
Rimadas nos voos dos olhos que vês
Nos versos os frutos que alimentam
Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabem de onde e pousam no livro que lês

Os pássaros se alimentam da essência
Encontrada no poema da sua vida bendita
Escrito no livro de cada brevidade infinita
No acervo sutil da sua sublime sapiência
Identificando cada passo da sua existência
Os poemas são pássaros que chegam
Nas mãos dos poetas que sempre amam
Não se sabem de onde e pousam no livro que lês
Nas manhãs ensolaradas da mente aparecem três
E, depois de saciados não permanecem, voam

Os poemas são pássaros que chegam
Não se sabem de onde e pousam no livro que lês
Visitam as mãos do poeta todos os dias do mês
Não possuem ninhos, só voos que os libertam
Pelo alimento das palavras os pássaros pousam
E, quando o livro se fecha, vão todos embora
Deixando no éter uma fragrância da aurora
Uma sensação inexplicável no seu coração
Sentido pelo poeta num pulsar de emoção
Assim como eu estou sentindo agora...


Helen De Rose

Comentários

  1. Lindíssima revoada de pássaros trouxeste em versos de dentro de ti, Helen.

    Abraço!

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  2. Gostei muito deste seu post.
    O enigma da poesia, dos poetas, das palavras...
    da vida.
    Um grande beijinho
    Irene Alves

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Agradeço sua atenção.

Helen De Rose