Depois do Amor, o Amanhecer...



Escondo na penumbra
minha lingerie que se abre
revelando meus seios desnudos
durante a madrugada
e durmo tranquilamente

A aurora adentra-se por entre o tecido
que cobre a janela do nosso quarto
Quando acordo, ele esta do meu lado
Passou toda a noite olhando-me
velando o meu sono
como um anjo da guarda

Agora os raios do Sol
vem acariciar minha face
revelando uma sensualidade
por entre a lingerie
deixando escapar meus seios
contornos suaves do meu corpo
que ele amou na noite anterior

Olho nos olhos dele
e vejo seus desejos de amor
realizados integralmente
na sua respiração compassada
que revela a tranquilidade
que lhe invade não somente o corpo
mas, sobretudo a sua alma

Agora ele se sente meu amado
Ao contemplar o fruto da sua essência 
ganho a certeza que ele esta em mim
e eu estou viva nele
como se eu fosse a outra metade
que repousa
enquanto ele
esta desperto, atento

Guarda meu sono
segurando minha mão
minha alma dormente
Abraça-me
envolvendo-me no seu calor
protegendo-me
do dia lá fora que grita
agita-se e contorce-se

Mas, aqui,
no âmago deste imaculado santuário 
duas almas unem-se
num abraço apaixonado
Aqui o tempo fica suspenso
da agitação do cotidiano

O nosso quarto vira um templo
onde o sagrado e o profano se confundem
onde o amor vive também a luxuria 
e onde o prazer se veste também de branco
como a seda transparente
dessa lingerie que envolve meu corpo

O tempo,
no seu caminhar constante
arrasta-nos para a realidade
de um dia que acaba de começar
Então, ele me diz sorrindo:
- Bom dia, Mulher Zen!

Helen De Rose


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Comentários

  1. Um belíssimo poema de amor.
    Adorei cada palavra, cada verso.
    Helen, tem uma óptima semana.
    Beijo.

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  2. Belo poema de amor...Espectacular....
    Cumprimentos

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  3. Sensualidade extrema e fascinante...

    Só os sensíveis se deixam penetrar pelos raios do sol quando o corpo já experimentou o prazer.

    Um abraço, Helen!

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  4. Uma encantadora descrição. Observar o sono da mulher amada é olhar o paraíso. Abraço

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Agradeço sua atenção.

Helen De Rose